Neste
artigo eu exibo o unboxing, a review e o teste prática da Faca
Invictus Titan: esse incrível equipamento!
A
faca Titan é fabricada pela Invictus, uma empresa catarinense que há
dois anos foi re-estruturada e agora praticamente tomou a maior parte
do mercado de facas e canivetes do Brasil! A faca Titan é uma
reprodução da faca utilizada pelo personagem John Rambo, no filme
“Rambo 2”.
No
YouTube, eu postei em separado, dois vídeos: um mostrando o unboxing
e no outro, a review e o teste prático da faca Titan.
Aqui
está o unboxing desta faca.
Posteriormente,
eu fiz outro vídeo exibindo o teste prático:
O
teste prático com a faca Titan.
Bom,
por enquanto é isso! Fiquem com Deus e até a próxima!
Hoje
eu resolvi fazer uma postagem um pouco mais atípica: ao invés de
escrever sobre algum equipamento milaborante ou técnica de
sobrevivência, eu decide fazer esse comparativo entre os termos mais
comuns aos sobrevivencialistas falantes de inglês e a sua
contra-parte em português do Brasil. Vamos lá?
Esse
é a primeira vez que eu recomendo uma leitura para preparadores e
sobrevivencialistas!
Eu
gostaria de começar a apresentar o relato vivido por Hans Staden, um
mercenário germânico, que viajou por duas vezes ao Brasil do século
XVI e relatou aquilo que seria o nosso país ainda no “berço”.
Postei
um vídeo falando sobre o livro, confira:
No
vídeo que apresentei acima, eu não falei á cerca de alguns
detalhes pessoais de Hans Staden e do livro. Por isso mesmo, postei
aqui nesse artigo esses detalhes:
Hans
Staden nasceu em 1524, no Sacro Império Romano-Germânico
Primeira
viagem: 1547-1549
Segunda
viagem: 1550-1555 (de acordo com o capítulo 52, pgs.123 e 124, no
dia 31/10/1554, os franceses do navio Catherine de Vatteville
zarparam de Niterói para a Europa, vindo a aportarem no porto de
Honfleur no dia 20/02/1555)
Ficou
cerca de dez meses como prisioneiro dos tupinambás.
O
livro com os seus relatos foi publicado em 1557, na cidade de
Marburgo (durante a terça-feira de Carnaval do já mencionado ano)
Fontes
que utilizei para fazer o artigo e o vídeo:
Duas
Viagens ao Brasil, Hans Staden. LP&M Pocket.
Biografias,
Hans Staden https://educacao.uol.com.br/biografias/hans-staden.htm
Site
Conversor de Medidas www.http://conversor-de-medidas.com/
Citações:
Como
os Tupinambás Fazem as Suas Moradas -> Segunda Parte, página
136, capítulo 5
"Eles
as constroem de preferência em lugares onde há água e madeira, e
também animais e peixes nas proximidades (...) erguem uma cabana,
com cerca de 14 pés [aproximadamente 4 metros] de largura e (...)
até 150 pés [uns 45 metros] de comprimento. Essas cabanas têm
aproximadamente 2 braças [uns 3,6 metros] de altura, são redondas
como uma abóbada de porão, no topo, e cobertas com uma espessa
camada de folhas de palmeira para que não chova dentro."
"Entre
as cabanas deixam uma clareira, onde matam os seus prisioneiros.
Gostam de cercar as cabanas com uma fortificação, da seguinte
forma: levantam ao redor das cabanas uma cerca de varapaus feita de
troncos de palmeiras rachados. Fazem essa cerca, com aproximadamente
1 braça e meia [cerca de 2,7 metros] de altura, tão cerrada que
nenhuma flecha pode passar por ela. Mas tem pequenos buracos a partir
dos quais atiram para fora. Ao redor dessa cerca de varapaus levantam
outra cerca, uma paliçada de estacas longas e grossas, mas não
colocam as estacas tocando-se umas às outras, e sim apenas próximas
o suficiente para que uma pessoa não possa passar por elas. Entre
alguns selvagens é costume colocar o crânio dos inimigos devorados
sobre os sarrafos na entrada da aldeia"
Planejamento
para a Guerra -> Segunda Parte, páginas 158 e 159, capítulo 27
"Quando
querem empreender uma expedição guerreira (...) mencionam uma
espécie de fruta de uma árvore; partem quando a fruta amadurecem
pois não conhecem nem os anos ou os dias" / Obs: no capítulo
17 (pg.60) é mencionado que em Agosto e Novembro, são as épocas em
que se deveria temer mais os tupinambás, pois em Agosto ocorre a
piracema e em Novembro, a colheita do milho (que eles chamavam de
abatí)."
"Para
a partida também orientam-se de acordo com a desova de uma espécie
de peixe que em sua língua chamam de pirati. O período da desova
chamam de piracema"
"Ornam-se
com penas vermelhas como sinal de identificação em relação aos
adversários"
Armas
de Guerra dos Tamoios -> Segunda Parte, páginas 159 e 160,
capítulo 28
"Eles
possuem arcos. As pontas das flechas são de ossos, que eles afiam e
amarram à haste, ou ainda de dentes de (...) tubarão."
"Também
usam algodão (...) com cera, amarram-no na parte superior da flecha
e põem fogo. São as flechas incendiárias."
"Preparam,
ainda, escudos com casca de árvores e peles de animais selvagens."
"Enterram
espinhas pontiagudas, como as armadilhas para os pés que usamos em
nossas terras."
"Ouvi
deles (...) que usam pimenta (...) para desalojarem os seus inimigos
de suas fortificações. Isso ocorre da seguinte maneira: quando o
vento sopra, fazem uma grande fogueira e jogam um monte de pés de
pimenta. Se a fumaça atinge as cabanas, os inimigos têm de sair."
Jenipapo
-> Segunda Parte, página 177, capítulo 37
"Numa
árvore que os selvagens chamam de jenipapo ivá, cresce uma fruta
que tem certa semelhança com a maçã. Os selvagens mascam essa
fruta e espremem o suco dentro de um vaso. Com ele é que se pintam.
Quando esfregam o suco sobre a pele, no início parece água. Mas
depois de um tempo, a pele fica tão preta como se fosse tinta. Isso
perdura até o nono dia. Depois a cor desaparece, mas não antes
desse prazo, mesmo quando eles se lavam muitas vezes"
Hoje
vou dar rápidas dicas de como preservar a sua lâmina. Por lâmina
entenda: facas, canivetes, adagas, punhais e outros…
Dicas
Gerais
A
maioria das lâminas ao serem compradas, possuem um manual (alguns
fabricantes de lâminas deixam esse manual disponível em
seu respectivo
site). Lá está escrito quais as medidas necessárias para a
preservação da sua lâmina! Caso você tenha comprado a sua lâmina
e nenhum manual acompanhou-a
ou mesmo o produto não tenha marca alguma (muitos produtos
comprados em camelôs ou lojas de importados apresentam esse
probleminha), então continue lendo esse artigo. Vamos ao próximo
ponto?
Evite
praticar o “batoning” com a sua lâmina! É preciso sempre
deixar claro: lâminas (facas, canivetes, adagas, punhais…) NÃO
foram criadas para racharem lenha! Quer rachar lenha? Usa um
machado!
Evite
que a sua lâmina entre em contato com a terra ou minerais, pois
pedaços pequenos de minerais (como a areia) desgastam o fio e a
própria lâmina. Com o tempo esse desgaste poderá estragar a sua
lâmina! Essa dica vale também para rochas e até mesmo tijolos,
cerâmicas e similares.
Saiba
do quê e para o quê a sua lâmina foi feita. Saiba qual o aço que
a sua lâmina é feita: apenas um leigo acha que aço “é tudo
igual”. Minha resposta para essas pessoas: NÃO
É NÃO!
Lâminas menores e mais finas normalmente são voltadas para
trabalhos que exijam precisão, enquanto que as mais “parrudas”
quase sempre foram criadas para atividades mais intensas.
Com
relação ao material do qual é feito, tente descobrir qual é o
aço da sua lâmina e para o quê ele é útil: o famoso aço
inoxidável 420C, por exemplo, foi concebido para ser resistente a
água salgada (foi projetada para equipamentos de mergulho) e
exatamente por isso, lâminas com esse tipo de aço são mais
resistentes que a média, a água salgada (e a doce também,
óbvio!). Sabendo qual o aço de sua lâmina é possível saber como
conservar o seu equipamento por mais tempo, pois assim você saberá
quais os limites naturais dele.
Canivetes
são projetados para atividades leves, porém que exijam maior
precisão. Caso o seu canivete molhe ou entre areia e/ou lama, saiba
que você deve retirar quaisquer resquícios que tenham se instalado
dentro do mecanismo e logo depois, lubrificar o mesmo mecanismo. Eu
evitarei dizer qual tipo de lubrificante você deve utilizar, pois
isso é uma questão pessoal, que envolve preço, marca e
recomendações dos respectivos fabricantes dos canivetes.
Conclusão
Passei
para você apenas as noções gerais. Lembre-se de consultar os
manuais e/ou recomendações disponíveis oferecidas pelos
respectivos fabricantes das lâminas!