Olá,
graça e paz!
Esse
é a primeira vez que eu recomendo uma leitura para preparadores e
sobrevivencialistas!
Eu
gostaria de começar a apresentar o relato vivido por Hans Staden, um
mercenário germânico, que viajou por duas vezes ao Brasil do século
XVI e relatou aquilo que seria o nosso país ainda no “berço”.
Postei
um vídeo falando sobre o livro, confira:
No
vídeo que apresentei acima, eu não falei á cerca de alguns
detalhes pessoais de Hans Staden e do livro. Por isso mesmo, postei
aqui nesse artigo esses detalhes:
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Hans Staden nasceu em 1524, no Sacro Império Romano-Germânico
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Primeira viagem: 1547-1549
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Segunda viagem: 1550-1555 (de acordo com o capítulo 52, pgs.123 e 124, no dia 31/10/1554, os franceses do navio Catherine de Vatteville zarparam de Niterói para a Europa, vindo a aportarem no porto de Honfleur no dia 20/02/1555)
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Ficou cerca de dez meses como prisioneiro dos tupinambás.
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O livro com os seus relatos foi publicado em 1557, na cidade de Marburgo (durante a terça-feira de Carnaval do já mencionado ano)
Fontes
que utilizei para fazer o artigo e o vídeo:
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Duas Viagens ao Brasil, Hans Staden. LP&M Pocket.
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Biografias, Hans Staden https://educacao.uol.com.br/biografias/hans-staden.htm
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Site Conversor de Medidas www.http://conversor-de-medidas.com/
Citações:
Como
os Tupinambás Fazem as Suas Moradas -> Segunda Parte, página
136, capítulo 5
"Eles
as constroem de preferência em lugares onde há água e madeira, e
também animais e peixes nas proximidades (...) erguem uma cabana,
com cerca de 14 pés [aproximadamente 4 metros] de largura e (...)
até 150 pés [uns 45 metros] de comprimento. Essas cabanas têm
aproximadamente 2 braças [uns 3,6 metros] de altura, são redondas
como uma abóbada de porão, no topo, e cobertas com uma espessa
camada de folhas de palmeira para que não chova dentro."
"Entre
as cabanas deixam uma clareira, onde matam os seus prisioneiros.
Gostam de cercar as cabanas com uma fortificação, da seguinte
forma: levantam ao redor das cabanas uma cerca de varapaus feita de
troncos de palmeiras rachados. Fazem essa cerca, com aproximadamente
1 braça e meia [cerca de 2,7 metros] de altura, tão cerrada que
nenhuma flecha pode passar por ela. Mas tem pequenos buracos a partir
dos quais atiram para fora. Ao redor dessa cerca de varapaus levantam
outra cerca, uma paliçada de estacas longas e grossas, mas não
colocam as estacas tocando-se umas às outras, e sim apenas próximas
o suficiente para que uma pessoa não possa passar por elas. Entre
alguns selvagens é costume colocar o crânio dos inimigos devorados
sobre os sarrafos na entrada da aldeia"
Planejamento
para a Guerra -> Segunda Parte, páginas 158 e 159, capítulo 27
"Quando
querem empreender uma expedição guerreira (...) mencionam uma
espécie de fruta de uma árvore; partem quando a fruta amadurecem
pois não conhecem nem os anos ou os dias" / Obs: no capítulo
17 (pg.60) é mencionado que em Agosto e Novembro, são as épocas em
que se deveria temer mais os tupinambás, pois em Agosto ocorre a
piracema e em Novembro, a colheita do milho (que eles chamavam de
abatí)."
"Para
a partida também orientam-se de acordo com a desova de uma espécie
de peixe que em sua língua chamam de pirati. O período da desova
chamam de piracema"
"Ornam-se
com penas vermelhas como sinal de identificação em relação aos
adversários"
Armas
de Guerra dos Tamoios -> Segunda Parte, páginas 159 e 160,
capítulo 28
"Eles
possuem arcos. As pontas das flechas são de ossos, que eles afiam e
amarram à haste, ou ainda de dentes de (...) tubarão."
"Também
usam algodão (...) com cera, amarram-no na parte superior da flecha
e põem fogo. São as flechas incendiárias."
"Preparam,
ainda, escudos com casca de árvores e peles de animais selvagens."
"Enterram
espinhas pontiagudas, como as armadilhas para os pés que usamos em
nossas terras."
"Ouvi
deles (...) que usam pimenta (...) para desalojarem os seus inimigos
de suas fortificações. Isso ocorre da seguinte maneira: quando o
vento sopra, fazem uma grande fogueira e jogam um monte de pés de
pimenta. Se a fumaça atinge as cabanas, os inimigos têm de sair."
Jenipapo
-> Segunda Parte, página 177, capítulo 37
"Numa
árvore que os selvagens chamam de jenipapo ivá, cresce uma fruta
que tem certa semelhança com a maçã. Os selvagens mascam essa
fruta e espremem o suco dentro de um vaso. Com ele é que se pintam.
Quando esfregam o suco sobre a pele, no início parece água. Mas
depois de um tempo, a pele fica tão preta como se fosse tinta. Isso
perdura até o nono dia. Depois a cor desaparece, mas não antes
desse prazo, mesmo quando eles se lavam muitas vezes"
Conclusão
Bom
é isso! Fiquem com Deus e até a próxima!
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