quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Relatório: Canivetes Victorinox Spartan e Huntsman Após Um Ano de Uso



Graça e paz á todos!

Há poucas semanas atrás, o preparador Felipe Luiz Dickman, em seu canal no youtube, postou um vídeo no qual ele (após um ano) mostra como está o Canivete Nautika Box, com 18 funções e que encontra-se em sua posse. No fim do vídeo, ele fez um apelo para que todos os que fazem review de equipamentos como este, digam como o mesmo está após um ano ou mais de uso.



Então, resolvi fazer um vídeo onde mostro como estão os canivetes da victorinox, que possuo e os quais eu fiz duas reviews no canal: o Spartan (com 12 funções) e o Huntsman (com 15 funções).

Eu espero que gostem!

Dúvidas esclarecidas?




Vídeo onde o Felipe Luiz Dickman apresenta o Nautika Box.



Vídeo onde ele mostra como se encontra o canivete depois de um ano.


E você? Possui algum equipamento que após um ano de uso continua funcional? Coloque nos comentários!



Economia&Preparação – Parte 3




Graça e paz á todos!

Hoje, falarei sobre: a inflação, o padrão ouro e as origens dos Bancos Centrais e da moeda fiduciária. Vamos lá?


O Que É Inflação?
Ao contrário do que certamente você aprendeu (e aprendeu errado) é que inflação não é (repito: NÃO É!!!!!) o aumento de preços dos produtos! Isso é a consequência da inflação. Na realidade, inflação é a rápida e descontrolada expansão da base monetária, em outras palavras: dinheiro que é jogado na economia em grande quantidade!

Poucas pessoas se dão conta disso, mas o dinheiro nada mais é do que um produto, um produto que serve para se obter outros produtos. Em qualquer economia, quanto mais um determinado bem/produto é obtido, menor será o valor dele. Com o dinheiro é a mesma coisa: um produto que quanto mais existir, mais desvalorizado será. Isso é inflação, pura e simplesmente.


Vídeo onde eu explico o que é inflação


Padrão Ouro
Há milhares de anos, a humanidade utilizava ouro, prata e até cobre para efetuar transações e comprar coisas. Na Europa das Grandes Navegações (1415-1750) a quantidade de ouro e prata que adentraram naquele continente, foi absurda. Assim o preço dos produtos começaram a subir. Os primeiros países a notar esse estranho fenômeno foram os reinos de Aragão e Castela, que recebiam o grosso do ouro e (principalmente) a prata das Américas.

Existe um artigo do Instituto Mises Brasil mostra bem como foi essa época. Seja como for, com o tempo, os bancos passaram a guardar os lingotes e moedas de ouro e prata, cobrando uma taxa por seus serviços. Os bancos (notadamente o Banco de Amsterdã) emitia bilhetes e um comprovante de que o depósito existia. Aquele que tivesse esse comprovante, tinha em mãos um papel 100% lastreado em metais preciosos, isto é, riqueza real!

Os governos ao redor do mundo (a partir da segunda metade do século XVIII) passaram a emitir papel-moeda que tinha as suas emissões diretamente ligadas a quantidade de ouro que havia nos cofres do Estado. Exemplo: em 1800, com uma onça de ouro (31 g), o Estado Norte-Americano (mais precisamente a U.S Mint) podia imprimir até US$ 20! E só! Quem quisesse, poderia trocar o papel-moeda por ouro e não apenas nos EUA: em todo o mundo funcionava assim!

O padrão-ouro começou a ser encerrado no mundo a partir da 1a Guerra Mundial e foi definitivamente extinto em 1971, quando Richard Nixon aboliu o padrão-ouro dos EUA, o último país a fazê-lo (no Brasil, Getúlio Vargas aboliu o padrão-ouro nos últimos anos de seu governo – 1940-1945).

Assim, todo o dinheiro que possuímos em mãos é 100% sem lastro! Sim isso mesmo que você leu: NÃO EXISTE NADA, NADA QUE FUNDAMENTE A EXISTÊNCIA DO DINHEIRO QUE VOCÊ TEM EM MÃOS!

Vídeo onde eu explico o que é o padrão-ouro e a hiper-inflação ocorrida na República de Weimar.

Logo, todo o sistema financeiro mundial é uma grande fraude! Uma fraude criada por pessoas como os Rothchild, os Rockfellers, os Morgans e outros para que todos fiquemos mais pobres pouco á pouco, enquanto os mais ricos ficam mais ricos, pois o que ganham podem superar a taxa inflacionária. Como assim? Eu explico abaixo.


A Origem dos Bancos Centrais
O primeiro banco com as características que existem e que definem um banco central, foi o Banco da Inglaterra, fundado em 1698. A função de um banco central é basicamente controlar a emissão de moeda do país no qual ele possui autoridade e proteger os bancos de uma eventual falência.

Nos EUA, o banco central foi fundado em 1913 e debaixo de um ardil: a lei foi votada no Senado de lá no dia 23/12/1913 enquanto a maior parte dos senadores encontravam-se em suas casas com a família, por conta do Natal. Assim, o presidente norte-americano, Woodrow Wilson, sancionou a lei que criava o Federal Reserve, tirando da Secretaria do Tesouro Americano essa incubência (que é descrita no artigo 11 da Constituição deles). O Fed (sigla do banco central dos EUA) serviu de modelo para todos os outros bancos centrais que existem, inclusive o nosso, que foi fundado em 1965.

O bc (banco central) imprime dinheiro e para financiar esse dinheiro, emite títulos de dívida, é a chamada Dívida Pública: quanto mais dinheiro é impresso, mais títulos são emitidos e quanto mais títulos são emitidos, mais dinheiro é necessário ser impresso para pagar os compradores desses títulos! Essa relação (impressão de dinheiro e emissão de títulos de dívida pública) é o que gera, mantém e aumenta a inflação cada vez mais e mais!

Sei que parece “teoria da conspiração”, mas não é! Entre e estude no site do Mises Brasil e estude a escola de economia austríaca! Lá estão todas as informações, sendo que no youtube também existem canais que explicam e ensinam de maneira bem simples e direta isso tudo que estou te passando, nesse e nos outros artigos da série Economia&Preparação.


O Que Fazer?
Sobre o que fazer, eu escreverei no próximo artigo. Até lá!




Vídeo onde discorro sobre Hiper-inflação, Padrão-Ouro e os Bancos Centrais



Referências:

O Sonho Americano Sendo Destruído Pelo Federal Reserve https://www.youtube.com/watch?v=1zYeKNoiMyw (Excelente documentário onde de uma maneira simples e divertida, explica-se as origens do atual sistema financeiro – a nível norte-americano e global)

A Mania das Tulipas e o ambiente monetário holandês do século XVII (Um artigo que mostra como surgiu na Europa Moderna o fenômeno econômico conhecido como Inflação, como o padrão-ouro surgiu e como o excesso de crédito causa péssimas escolhas de investimento) http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=267

Esse artigo faz parte da série "Economia&Preparação". Se estiver interessado, poderá acessar os links com os outros artigos da série:



domingo, 12 de fevereiro de 2017

Economia&Preparação – Parte 2



Graça e paz á todos! Dando continuidade a nossa série sobre Economia&Preparação, hoje eu falarei sobre agentes influenciadores do preço e o principal deles: o Governo.


Governos e Economias: os Ciclos.
Ludwig von Mises, Frederik Auguste Hayek e Milton Friedman, foram economistas da Escola Austríaca de Economia (assim chamada pelo fato de essa corrente de pensamento ter nascido na Áustria, um país que não segue em hipótese alguma essa linha econômica…) e identificaram que o preço em uma economia é adulterado por agentes externos como: guerras, fenômenos naturais (alagações, furacões, terremotos…) e por decisões de Governo.

Sempre quando um Governo interfere na economia do país onde ele possui autoridade, o preço dos bens, produtos e serviços é adulterado, pois o Governo tem algo que nenhum mercado possui: o Poder da Lei e o Monopólio (ou a Hegemonia, em alguns casos) da Força.

De acordo com a Escola Austríaca de Economia, as bolhas econômicas (ou ciclos de auge e recessão) são frutos não do mercado em si, mas de decisões governamentais de “estímulo de crédito”.


Raízes da Recessão Econômica Atual
Quer um exemplo? A partir de fins de 2009, o então presidente Luís Inácio da Silva, vulgo “Lula” (que está respondendo cinco processos criminais, diga-se de passagem) junto com a sua equipe econômica, criou leis que favoreciam o empréstimo fácil, além da especulação financeira. Não vou entrar em detalhes, mas caso se interesse em saber mais, assista esse vídeo onde o economista Rodrigo Constantino naquela época já avisava que as políticas econômicas equivocadas do Lula levariam o país para o atual estado econômico que vivemos nos últimos dois anos (2015-2017).



Além desses fatores, foram criados o PAC 1, o PAC 2, as obras para a Copa de 2014 além das Olimpíadas e o Minha Casa Minha Vida. Some-se isso ao fato de que bilhões de reais foram emprestados para empresários amigos do governo (e atualmente condenados e/ou indiciados em processos de corrupção) o que gerou um descontrole da inflação (mais isso é para outro artigo). Tanto os PACs quanto as obras da Copa e das Olimpíadas foram criadas para que Lula pudesse fazer a sua sucessora política: Dilma Vana Roussef.

O caso mencionado nos últimos dois parágrafos, mostram que decisões econômicas, sempre estão subordinadas a Política, embora o contrário quase nunca aconteça: dificilmente a economia afeta decisões políticas, embora exceções aconteçam.

Seja como for, toda essa política econômica de obras e mais obras, inflou artificialmente o preço dos imóveis em todo o Brasil. Resultado: com a atual recessão econômica que passamos, os imóveis perderam muito de seu valor financeiro. Por todo o Brasil, sobretudo nas grandes cidades, vêem-se placas de vende-se ou aluga-se por todos os lados…


Explicação do Economista Adolfo Sachsida Sobre Bolha
O economista de linha austríaca, Adolfo Sachsida, já gravou alguns vídeos sobre isso. Caso interesse, eis aqui esses dois vídeos:









Bom, por enquanto é só isso. No próximo artigo falarei sobre o que é inflação, o padrão ouro e as origens dos Bancos Centrais e da moeda fiduciária.


Deus abençoe a todos!

Caso esteja interessado, a Parte 1 desta série, poderá ser acessada clicando aqui. A Parte 3, poderá ser acessada aqui.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Economia&Preparação – Parte 1



Graça e paz á todos! Como prometido, estou postando artigos que falam sobre economia e como ela afeta as nossas preparações. Essa parte 1 fala do que é economia e o que seria valor subjetivo. Vamos lá?


Terminologia
A palavra “economia” deriva do grego “oikonomea” (oikos=casa; nomea=gestão/gerência da) e trata basicamente da disponibilidade de recursos em determinada localidade (geográfica, cultural ou sistêmica – sistemas financeiros, sistemas monetários, sistemas bancários dentre outros, por exemplo).

Por isso, nós preparadores e sobrevivencialistas, devemos saber, pelo menos, como funciona a economia, para ao menos planejarmos e executarmos esses mesmos planejamentos na hora em que uma crise acontece. E eu venho através desse blog, oferecer isso para vocês, leitores!


Valor Subjetivo
Essa teoria econômica afirma que os preços das coisas (produtos) que encontram-se no mercado possuem o preço que possuem, por causa do valor subjetivo, que nada mais é do que o quanto o mercado (pessoas, empresas…) dão valor para determinado objeto.

Uma rápida pergunta: se você tivesse, digamos, R$ 500,00 sobrando (você já pagou todas as suas contas, não deve nada para ninguém e tem mais R$ 10.000,00 na sua conta) e estivesse diante de você, um Canivete Victorinox Huntsman e um canivete chinês, sem marca, barato e de qualidade duvidosa, qual deles você compraria? Acredito que o Victorinox Huntsman, não é mesmo? Mas por que? A resposta para essa pergunta é simples: o valor subjetivo, isto é, o quanto você dá valor para aquele bem e o quanto você está disposto a pagar por esse item.

O valor subjetivo está ligado a marca e ao meio onde aquele produto está inserido. No Amazonas, comprar água é algo barato (entre R$ 1,50 e R$ 2,00 a garrafa de 600 ml de água). Em Israel, uma garrafa com a mesma capacidade custa não menos que US$ 5,00! Ou uns NIS* 12,00-16,00 na moeda de lá! Mas porquê?

Em Israel, 70% do país é desértico, sendo assim, cada gota de água é de um valor imensurável, por isso as pessoas dão muito mais valor a água do que no Amazonas, que possui a maior parte das fontes de água doce do planeta! Entendem a subjetividade?

Quando forças externas ao mercado (políticas governamentais, conflitos bélicos, fenômenos da natureza) atuam intrusivamente nele, o preço de determinado bem, produto ou serviço modifica-se (ou como diria o economista Frederik Auguste Hayek: adultera-se). Mas sobre isso, falarei no próximo artigo.

Até mais! Fiquem com Deus!

Caso esteja interessado, poderá ler a Parte 2 desta série clicando aqui. E a Parte 3, bem aqui



*NIS é a abreviação para New Israel Shekel, ou “Novo Shekel de Israel”, que entrou em circulação naquele país em 1986 e prossegue até os dias atuais (2017). Para todos os efeitos, o valor cambial do NIS é equivalente ao nosso Real Brasileiro.


Vídeo onde falo sobre o que é economia e o valor subjetivo

Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros – Uma Análise Preparadora (e Sobrevivencialista)



Graça e paz á todos!

Venho através deste artigo analisar do ponto de vista da preparação e do sobrevivencialismo, o filme Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, que foi lançado em 1993 contando com a direção do lendário Steven Spielberg e de efeitos especiais da Light&Magic.

Este artigo é apenas o primeiro de uma série que englobará os três primeiros filmes da franquia Jurassic Park.

Obviamente, o artigo CONTÉM SPOILER (história do filme)! Então, antes de ler este artigo, assista primeiro o filme e depois venha aqui, ok?!

Eu sempre que escrevo um artigo, tento fazê-lo o mais curto possível para que ele não se torne chato ou massante de se ler, mas dessa vez eu tive que escrever um texto longo e peço o perdão de vocês, leitores por ter feito isso, mas foi por uma boa causa: deixá-los bem instruídos á respeito de preparação e sobrevivencialismo.


Contexto do Filme Jurassic Park
Logo na abertura, vemos o personagem Robert Muldoon com os empregados da InGen tentando colocar os Velociraptores dentro da sua jaula e um dos funcionários acaba sendo pego pelos dinossauros que acabam devorando-o… esse incidente faz com que os investidores da InGen (os acionistas, aqueles que detém partes da empresa) acabem tendo receios de continuarem a investir no projeto mais ambicioso que a empresa possuía: o Jurassic Park, um parque que contaria com dinossauros vivos como atração! Como o objetivo desse artigo é analisar o filme de uma ótica de preparação e sobrevivencialismo, pouparei detalhes de como a InGen conseguiu trazer os dinossauros de volta á vida.

Os acionistas exigem que especialistas em paleontologia vejam o parque e ofereçam um parecer sobre a segurança do mesmo. É onde entram os paleontologistas Allan Grant e Ellie Satler: tendo as suas pesquisas financiadas pelo magnata John Hammond e recebendo dele uma proposta de financiamento de suas pesquisas por mais três anos, os paleontologistas acabam aceitando irem para o parque sem saberem do que se tratava.


Análise dos Riscos
Aqui começamos a primeira consideração: sem serem informados de que tipo de parque deveriam analisar, sabendo que o mesmo ficava em uma ilha 120 milhas á oeste da Costa Rica, os paleontólogos não se prepararam. Poderiam ter levado cada um uma mochila ou talvez uma pochete com alguns equipamentos para emergências, tais como um par de walk-talkies, lanternas, um canivete suíço ou um multi-tool, kit de primeiros-socorros, cantil, purificador de água, roupas extras… só para citar alguns equipamentos.

Eu sei que o filme é mais emocionante quando os personagens possuem pouca coisa ou nada além de si mesmos para sobreviverem, mas nós estamos na vida real e não dentro da “telinha”.

Mesma coisa para Donald Gennaro (advogado que representava os acionistas da InGen) e Ian Malcolm (um matemático): totalmente despreparados para seguirem por dentro de um parque do qual não possuíam conhecimento algum de seu teor e localizado em uma ilha afastada da civilização.

Depois que Dennis Nedry (propositalmente) desliga as cercas elétricas do parque, vemos que outro sintoma da falta de preparação atinge os personagens localizados no Centro de Visitantes: sem poderem acessar o sistema e assim religarem as cercas do parque, Hammond, Muldoon e Arnold tentam ligar para a Universidade de Cambridge, onde Nedry se formou, mas os telefones estão mudos: era uma falha total do sistema! Novamente, batendo na mesma tecla: um parque cheio de dinossauros, no meio do nada não possui um sistema de comunicação independente? Um telefone via-satélite que fosse? Hammond afirmava que “não poupou despesas” para o parque… sério mesmo?!

Seja como for, outro erro de preparação é que as pessoas que estavam no Centro de Visitantes (Hammond, Muldoon, Arnold e Satler) não tinham acesso direto a armas. Alguns diriam que por razões de segurança o Centro de Visitantes provavelmente não tinha armas, mas durante a crise de segurança, ficou evidente que eles estavam indefesos: se um Velociraptor ou algum outro predador tivesse aparecido naquele instante, teria transformado as pessoas no Centro de Visitantes em salame!


O T-Rex
Quando o Tiranossauro Rex saiu de sua cerca e acabou atacando a Lex e o seu irmão menor, Tim, Ian Malcolm acaba cometendo um grave erro ao tentar atrair a atenção do T-Rex: como consequência desse erro, ele acaba sendo ferido gravemente e Donald Gennaro é morto, deixando Allan Grant com a difícil e ingrata tarefa de ter que salvar Lex e Tim. Allan havia dito a Ian que o T-Rex se guiava por movimentos: bastavam ficarem parados e o predador não os atacaria, mas na hora em que Allan (que sabia o que fazia) jogou o sinalizador, Ian esqueceu o que o paleontólogo havia dito e de maneira equivocada tentou distrair a criatura e quase morreu por isso.

Essa parte do filme deixou claro que durante uma crise, mais do que equipamentos, ter resiliência emocional para saber o que fazer, quando fazer e como fazer é o que realmente importa.

Ainda sobre essa parte em que o T-Rex ataca: quando a fera consegue precipitar o carro (com o jovem Tim dentro) e Allan consegue resgatá-lo e quase morrendo por isso, ele, Tim e Lex deveriam ter permanecido no local ou nas proximidades: aquele encanamento de esgoto que tinha ao lado da árvore (onde Tim foi resgatado) era perfeito para se abrigarem da chuva e (principalmente) de eventuais ataques do T-Rex. Vemos que por muito pouco, Robert e Ellie não resgataram o trio (claro que se isso tivesse ocorrido, metade do filme teria ido para o ralo…). Então outra lição de sobrevivência é ficar no local do acidente esperando o resgate chegar, e só evadir se não houver qualquer chance de abrigo/segurança no local onde ocorreu o acidente (ou incidente).

Outra coisa importante a se destacar: quando evacuaram o local do acidente, Allan, Lex e Tim deveriam ter feito “á limpa” no que havia sobrado do carro. Lembremos que havia uma caixa com alguns itens na parte detrás do veículo: ali eles poderiam ter obtido pelo menos alguns sinalizadores, que poderiam terem sidos utilizados para distrair, talvez amedrontar eventuais predadores ou mesmo para sinalizar um resgate. Para transportar os itens, a blusa que Allan estava vestindo poderia ter sido utilizada para improvisar uma bolsa (além do que, o dr.Grant estava usando uma camiseta branca por debaixo da mencionada blusa, o que garantiria a ele uma proteção mesmo sem a blusa).


O Abrigo de Segurança e os Velociraptores
Depois da falha em resgatar Allan, Lex e Tim, Arnold decide reinicializar os sistemas do parque desligando toda a energia. Funciona e não funciona: o sistema realmente reinicia, mas ocorre um erro e é necessário ir até a central de eletricidade do parque e reativar todo o sistema manualmente. Arnold calmamente diz que em uma hora, no máximo duas, estará de volta e Hammond acha uma boa idéia que todos se retirem para o Abrigo de Segurança. Arnold diz que após ativar o sistema de eletricidade, voltará ao Centro de Visitantes e fará o reativamento de todos os outros sistemas nos computadores.

A noite e a madrugada passam e vem o amanhecer: os sistemas do parque continuam desligados, assim Robert Muldoon (um caçador experiente) e a doutora em paleo-botânica, Ellie Satler decidem irem até a central de eletricidade para poderem religar todos os sistemas do parque além de saberem o que aconteceu com Arnold.

Robert pega uma calibre .12 e algumas balas enquanto Ellie pega… um walk-talkie! Aqui temos outra crítica a ser feita: se eu estivesse em um parque cheio de dinossauros “passeando” livremente por aí, sinceramente, eu andaria com uma espingarda e uma mochila com diversos cartuchos para ela!

Enquanto a dupla segue para a central, passam pela cerca dos Velociraptores e descobrem que o trio havia fugido! Mesmo assim eles seguem para lá. Se fosse eu, daria meia-volta e seguiria para o abrigo para me reequipar melhor e realizar planos de evasão e movimentação tática, o que certamente aumentariam em muito as minhas chances de sobrevivência em um cenário assim.

Seja como for, a dupla estando próximo do centro de energia (há alguns metros apenas) percebem que os Velociraptores que haviam fugido estavam caçando-os e Robert Muldoon, um caçador experiente, ordena a Ellie Satler que siga correndo para o prédio e restaure a força. Eis aqui um erro: sempre quando uma presa corre, todo predador (todo!) instintivamente corre atrás da presa. Como isso aqui é um filme (e que trata de dinossauros trazidos de volta á vida) ok, podemos deixar batido, mas nunca corra de um predador como a dra.Satler fez no filme senão babau, já era.

Outro erro (e que custou a vida de Muldoon) foi o fato de que ele não tinha um plano B ou coisa do tipo: ele estava armado apenas com uma espingarda calibre .12 que possui um alto poder de penetração, mas que tem um coice muito forte, além de exigir que a cápsula seja ejetada manualmente após um disparo, o que deixa o atirador/caçador totalmente exposto a caça por preciosos segundos caso ele erre o tiro. Ter uma arma secundária, como por exemplo o famoso revólver Magnum .44 Raging Bull, seria perfeito (pois foi desenhado para essa situação descrita anteriormente). No canal Sobrevivencialismo, o Júlio Lobo já fez uma review desse incrível revólver, caso deseje ver, eis aqui o vídeo:




Para finalizar, além de todos esses erros, a dra.Satler, por conta do medo e do desespero, esqueceu-se de falar para o caçador Muldoon, que os Velociraptores caçam em bandos e que um deles serve de isca enquanto os outros membros do bando atacam de surpresa pelos flancos. Ela sabia dessa informação, pois na cena em que ela e Allan estão em Montana, nos EUA, escavando uma ossada de Velociraptor, o dr.Grant explica a um menino como funcionava a movimentação tática dos Velociraptores enquanto caçavam (e ela estava próxima, ouvindo a explicação). Sem as informações corretas de como caçar Velociraptores, Robert Muldoon foi uma presa fácil para eles e acabou virando merenda de dinossauro. Portanto, mesmo que você seja um preparador ou sobrevivencialista experiente, sempre tente obter informações precisas e de confiança sobre a crise que você estiver enfrentando no momento.


A Cerca Elétrica e o Centro de Visitantes
Quando enfim Ellie religa a eletricidade, é atacada por um Velociraptor e foge, Allan, está enfrentado outro problema: Tim acaba eletrocutado e tem uma parada cardíaca. Por conhecer a famosíssima massagem cardíaca, o dr.Grant consegue reanimar o menino e tudo fica bem. Saber primeiros-socorros é sempre bom durante uma crise.

Após entrar no Centro de Visitantes e não encontrar ninguém, Allan Grant decide sair e procurar por outras pessoas. E detalhe: sem armas e sem saber por onde começar… ele deixou Lex e Tim no Centro e partiu, julgando que estariam seguros ali, mas vimos que os garotos foram caçados impiedosamente pelos Velociraptores.

Á seguir vemos uma sucessão de erros de sobrevivência: Allan pega uma .12 com algumas balas, volta para o Centro de Visitantes, Ellie vai com ele desarmada (de novo…) e após reencontrarem Lex e Tim, eles são perseguidos por um Velociraptor e acabam acuados na Sala de Controle do Centro de Visitantes, onde Allan tendo uma .12 larga-a no chão para tentar impedir o dinossauro de adentrar ali: Ellie ao invés de pegar a espingarda, une-se ao dr.Grant na tentativa tola de impedir o Velociraptor de entrar na sala; Tim fica sem ação, desesperado e Lex tem algum nível de resiliência e vai ao computador e religa os sistemas, incluíndo o de segurança. Teria sido mais prudente dar um balaço na cara do Velociraptor: um tiro de .12 á queima-roupa, teria transformado em miolos a cabeça do dinossauro!

Por fim, o Velociraptor tenta invadir a Sala de Controle pela janela, Allan atira entre três e quatro vezes, novamente joga a espingarda no chão (RAIOS!!!) e escapa pelo forro da sala com um contra-tempo (Lex quase é pega pelo dinossauro). Mesmo que a espingarda estivesse desmuniciada, tê-la seria uma boa opção, pois mais á frente, poderia ser recarregada com novos cartuchos, além de poder ser utilizada como arma branca (por exemplo, o famoso golpe com a coronha).

Seja como for, sendo caçados pelo Velociraptor, acabam subindo nos ossos expostos na entrada do Centro de Visitantes e por fim caem e são acuados pelo bando de predadores. Allan, Ellie, Lex e Tim apenas ficam vagando de um lado para o outro da sala, acuados e indefesos. Eles poderiam ter pegos alguns dos ossos que estavam espalhados pelo chão e tentado resistir com eles (em uma situação de crise, até paus e pedras se transformam em armas formidáveis e letais).

Por fim eles escapam com a ajuda do T-Rex e saem de helicóptero da ilha.


Resumo e Conclusões Pessoais
Resumidamente, os pontos a serem destacados são esses:

  • Nunca vá a locais desconhecidos sem estar plenamente preparado.
  • Prese pela autonomia e auto-suficiência sempre que puder. Ser independente do sistema (não importa qual) é sempre bom.
  • Sempre que possível, tenha acesso direto a meios de se defender.
  • Não conte apenas com experiências passadas em outras crises para resolver uma crise nova.
  • Ter resiliência emocional é fundamental para a sobrevivência.
  • Em caso de acidente/incidente, ficar no local o maior tempo possível para que as chances de resgate aumentem e só evadir em último caso.
  • Nunca abandonar itens durante uma crise e sempre improvisar.
  • Sempre tenha um plano B e tente não se colocar em uma situação sem-saída.
  • Conheça primeiros-socorros.
  • Não repita um mesmo erro durante uma crise. E se possível, não erre.
  • Em uma situação de crise, objetos simples podem serem utilizados como armas.


Minhas conclusões pessoais é que apesar de ser um filme aclamado, Jurassic Park possui um roteiro mal-escrito (do ponto de vista sobrevivencialista e preparador) além de ter cometido erros crassos em paleontologia: os Velociraptores, por exemplo, possuem a aparência física dos dinossauros conhecidos como Deiniochus, inclusive a sua principal característica: a garra curva. Além disso, o filme claramente é um “garoto propaganda” de bandeiras como: ecologia, ambientalismo, o anti-capitalismo, o ateísmo e (de maneira disfarçada) o nazismo! A “teoria da seleção natural” do evolucionismo, é a base para a “teoria das raças” usada no eugenismo (sendo que o nazismo adotou uma linha de eugenismo que ficou conhecida como “arianismo”).

É triste e notório ver que constantemente Hollywood se presta a fazer ativismo político de Esquerda, ao invés de criar bons filmes com tramas inteligentes.

Portanto, caso você seja cristão praticante, recomendo que veja o filme com os dois pés atrás e lembre-se também que cientificamente falando, nunca (NUNCA!!!) ficou provado que os dinossauros viveram milhões de anos atrás, os paleontólogos apenas estimam que eles tenham vivido naquela época (ou seja, acham – baseiam-se em “achismo” para fazer ciência!) e testes de Carbono 14 mostraram que os fósseis de dinossauros possuem alguns milhares de anos e não “milhões de anos”.


Fiquem com Deus! Graça e paz á todos e até a próxima!

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Caso se interesse, também fiz uma análise do filme O Mundo Perdido: Jurassic Park 2. É só clicar aqui.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Aspectos da Sobrevivência – Sinalização



Graça e paz á todos!

Hoje eu finalmente encerro a nossa primeira série: os “6 Aspectos da Sobrevivência”.


Importância
A Sinalização é muito importante durante uma situação de crise, pois através dela, você pode ser percebido (ou não). De maneira resumida, a sinalização divide-se em dois tempos: diurno e noturno.


Formas de Sinalização
Como dito, as sinalizações são diurnas ou noturnas, abaixo algumas formas de sinalização:

Diurno
  • Com fumaça (faça uma fogueira com galhos verdes, pois assim, a fumaça será mais abundante e branca, o que facilitará na hora de ser visto).
  • Com reflexo da luz solar (use um espelho ou outra superfície que reflita bem a luz do Sol).
  • Escrevendo com pedras e galhos a palavra “SOS”.
  • Sacudindo uma bandeira (ou tecido) de cor chamativa.
  • Utilizando um apito.

Noturno
  • Luz da lanterna/lampião.
  • Utilizando um apito.


Você também poderá utilizar frequências de rádio ou quem sabe (se tiver dinheiro) um telefone via satélite. As formas mencionadas de sinalizar um resgate são as mais comuns.


Código Morse
Inventado por Samuel Morse, o dito código acabou padronizando o número três como o “número universal do socorro”. Assim, caso você estiver perdido e precisar sinalizar socorro, faça três fogueiras, nem mais, nem menos. Você também pode focalizar a sua lanterna ou espelho refletor da luz solar usando o seguinte padrão (o que estiver entre aspas): “..._ _ _...”. Em código morse, a letra “s” é sinalizada com três sinais curtos (“...”) e a letra “o” é sinalizada com três sinais longos (“_ _ _”). Assim, “SOS” fica “… _ _ _ ...” bastando prática para usar o código morse na sinalização.


Conclusão

Conhece alguma de fácil acesso e baixo custo? Por favor, coloque nos comentários!