Há
poucas semanas atrás, o preparador Felipe Luiz Dickman, em seu canal
no youtube, postou um vídeo no qual ele (após um ano) mostra como
está o Canivete Nautika Box, com 18 funções e que encontra-se em sua
posse. No fim do vídeo, ele fez um apelo para que todos os que fazem
review de equipamentos como este, digam como o mesmo está após um
ano ou mais de uso.
Então,
resolvi fazer um vídeo onde mostro como estão os canivetes da
victorinox, que possuo e os quais eu fiz duas reviews no canal: o
Spartan (com 12 funções) e o Huntsman (com 15 funções).
Hoje,
falarei sobre: a inflação, o padrão ouro e as origens dos Bancos
Centrais e da moeda fiduciária. Vamos lá?
O
Que É Inflação?
Ao
contrário do que certamente você aprendeu (e aprendeu errado) é
que inflação não é (repito: NÃO É!!!!!) o aumento de preços
dos produtos! Isso é a consequência da inflação. Na realidade,
inflação é a rápida e descontrolada expansão da base monetária,
em outras palavras: dinheiro que é jogado na economia em grande
quantidade!
Poucas
pessoas se dão conta disso, mas o dinheiro nada mais é do que um
produto, um produto que serve para se obter outros produtos. Em
qualquer economia, quanto mais um determinado bem/produto é obtido,
menor será o valor dele. Com o dinheiro é a mesma coisa: um produto
que quanto mais existir, mais desvalorizado será. Isso é inflação,
pura e simplesmente.
Vídeo onde eu explico o que é inflação
Padrão
Ouro
Há
milhares de anos, a humanidade utilizava ouro, prata e até cobre
para efetuar transações e comprar coisas. Na Europa das Grandes
Navegações (1415-1750) a quantidade de ouro e prata que adentraram
naquele continente, foi absurda. Assim o preço dos produtos
começaram a subir. Os primeiros países a notar esse estranho
fenômeno foram os reinos de Aragão e Castela, que recebiam o grosso
do ouro e (principalmente) a prata das Américas.
Existe
um artigo do Instituto Mises Brasil mostra bem como foi essa época.
Seja como for, com o tempo, os bancos passaram a guardar os lingotes
e moedas de ouro e prata, cobrando uma taxa por seus serviços. Os
bancos (notadamente o Banco de Amsterdã) emitia bilhetes e um
comprovante de que o depósito existia. Aquele que tivesse esse
comprovante, tinha em mãos um papel 100% lastreado em metais
preciosos, isto é, riqueza real!
Os
governos ao redor do mundo (a partir da segunda metade do século
XVIII) passaram a emitir papel-moeda que tinha as suas emissões
diretamente ligadas a quantidade de ouro que havia nos cofres do
Estado. Exemplo: em 1800, com uma onça de ouro (31 g), o Estado
Norte-Americano (mais precisamente a U.S Mint) podia imprimir até
US$ 20! E só! Quem quisesse, poderia trocar o papel-moeda por ouro e
não apenas nos EUA: em todo o mundo funcionava assim!
O
padrão-ouro começou a ser encerrado no mundo a partir da 1a
Guerra Mundial e foi definitivamente extinto em 1971, quando Richard
Nixon aboliu o padrão-ouro dos EUA, o último país a fazê-lo (no
Brasil, Getúlio Vargas aboliu o padrão-ouro nos últimos anos de
seu governo – 1940-1945).
Assim,
todo o dinheiro que possuímos em mãos é 100% sem lastro! Sim isso
mesmo que você leu: NÃO
EXISTE NADA, NADA QUE FUNDAMENTE A EXISTÊNCIA DO DINHEIRO QUE VOCÊ
TEM EM MÃOS!
Vídeo onde eu explico o que é o padrão-ouro e a hiper-inflação ocorrida na República de Weimar.
Logo,
todo o sistema financeiro mundial é uma grande fraude! Uma fraude
criada por pessoas como os Rothchild, os Rockfellers, os Morgans e
outros para que todos fiquemos mais pobres pouco á pouco, enquanto
os mais ricos ficam mais ricos, pois o que ganham podem superar a
taxa inflacionária. Como assim? Eu explico abaixo.
A
Origem dos Bancos Centrais
O
primeiro banco com as características que existem e que definem um
banco central, foi o Banco da Inglaterra, fundado em 1698. A função
de um banco central é basicamente controlar a emissão de moeda do
país no qual ele possui autoridade e proteger os bancos de uma
eventual falência.
Nos
EUA, o banco central foi fundado em 1913 e debaixo de um ardil: a lei
foi votada no Senado de lá no dia 23/12/1913 enquanto a maior parte
dos senadores encontravam-se em suas casas com a família, por conta
do Natal. Assim, o presidente norte-americano, Woodrow Wilson,
sancionou a lei que criava o Federal Reserve, tirando da Secretaria
do Tesouro Americano essa incubência (que é descrita no artigo 11
da Constituição deles). O Fed (sigla do banco central dos EUA)
serviu de modelo para todos os outros bancos centrais que existem,
inclusive o nosso, que foi fundado em 1965.
O
bc (banco central) imprime dinheiro e para financiar esse dinheiro,
emite títulos de dívida, é a chamada Dívida Pública: quanto mais
dinheiro é impresso, mais títulos são emitidos e quanto mais
títulos são emitidos, mais dinheiro é necessário ser impresso
para pagar os compradores desses títulos! Essa relação (impressão
de dinheiro e emissão de títulos de dívida pública) é o que
gera, mantém e aumenta a inflação cada vez mais e mais!
Sei
que parece “teoria da conspiração”, mas não é! Entre e estude
no site do Mises Brasil e estude a escola de economia austríaca! Lá
estão todas as informações, sendo que no youtube também existem
canais que explicam e ensinam de maneira bem simples e direta isso
tudo que estou te passando, nesse e nos outros artigos da série
Economia&Preparação.
O
Que Fazer?
Sobre
o que fazer, eu escreverei no próximo artigo. Até lá!
Vídeo onde discorro sobre Hiper-inflação, Padrão-Ouro e os Bancos Centrais
Referências:
O
Sonho Americano Sendo Destruído Pelo Federal Reservehttps://www.youtube.com/watch?v=1zYeKNoiMyw
(Excelente documentário onde de uma maneira simples e divertida,
explica-se as origens do atual sistema financeiro – a nível
norte-americano e global)
A
Mania das Tulipas e o ambiente monetário holandês do século XVII
(Um artigo que mostra como surgiu na Europa Moderna o fenômeno
econômico conhecido como Inflação, como o padrão-ouro surgiu e
como o excesso de crédito causa péssimas escolhas de investimento)
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=267
Esse artigo faz parte da série "Economia&Preparação". Se estiver interessado, poderá acessar os links com os outros artigos da série:
Graça
e paz á todos! Dando continuidade a nossa série sobre
Economia&Preparação, hoje eu falarei sobre agentes
influenciadores do preço e o principal deles: o Governo.
Governos
e Economias: os Ciclos.
Ludwig
von Mises, Frederik Auguste Hayek e Milton Friedman, foram
economistas da Escola Austríaca de Economia (assim chamada pelo fato
de essa corrente de pensamento ter nascido na Áustria, um país que
não segue em hipótese alguma essa linha econômica…) e
identificaram que o preço em uma economia é adulterado por agentes
externos como: guerras, fenômenos naturais (alagações, furacões,
terremotos…) e por decisões de Governo.
Sempre
quando um Governo interfere na economia do país onde ele possui
autoridade, o preço dos bens, produtos e serviços é adulterado,
pois o Governo tem algo que nenhum mercado possui: o Poder da Lei e o
Monopólio (ou a Hegemonia, em alguns casos) da Força.
De
acordo com a Escola Austríaca de Economia, as bolhas econômicas (ou
ciclos de auge e recessão) são frutos não do mercado em si, mas de
decisões governamentais de “estímulo de crédito”.
Raízes
da Recessão Econômica Atual
Quer
um exemplo? A partir de fins de 2009, o então presidente Luís
Inácio da Silva, vulgo “Lula” (que está respondendo cinco
processos criminais, diga-se de passagem) junto com a sua equipe
econômica, criou leis que favoreciam o empréstimo fácil, além da
especulação financeira. Não vou entrar em detalhes, mas caso se
interesse em saber mais, assista esse vídeo onde o economista
Rodrigo Constantino naquela época já avisava que as políticas
econômicas equivocadas do Lula levariam o país para o atual estado
econômico que vivemos nos últimos dois anos (2015-2017).
Além
desses fatores, foram criados o PAC 1, o PAC 2, as obras para a Copa
de 2014 além das Olimpíadas e o Minha Casa Minha Vida. Some-se isso
ao fato de que bilhões de reais foram emprestados para empresários
amigos do governo (e atualmente condenados e/ou indiciados em
processos de corrupção) o que gerou um descontrole da inflação
(mais isso é para outro artigo). Tanto os PACs quanto as obras da
Copa e das Olimpíadas foram criadas para que Lula pudesse fazer a
sua sucessora política: Dilma Vana Roussef.
O
caso mencionado nos últimos dois parágrafos, mostram que decisões
econômicas, sempre estão subordinadas a Política, embora o
contrário quase nunca aconteça: dificilmente a economia afeta
decisões políticas, embora exceções aconteçam.
Seja
como for, toda essa política econômica de obras e mais obras,
inflou artificialmente o preço dos imóveis em todo o Brasil.
Resultado: com a atual recessão econômica que passamos, os imóveis
perderam muito de seu valor financeiro. Por todo o Brasil, sobretudo
nas grandes cidades, vêem-se placas de vende-se ou aluga-se por
todos os lados…
Explicação
do Economista Adolfo Sachsida Sobre Bolha
O
economista de linha austríaca, Adolfo Sachsida, já gravou alguns
vídeos sobre isso. Caso interesse, eis aqui esses dois vídeos:
Bom,
por enquanto é só isso. No próximo artigo falarei sobre o que é
inflação, o padrão ouro e as origens dos Bancos Centrais e da
moeda fiduciária.
Deus
abençoe a todos! Caso esteja interessado, a Parte 1 desta série, poderá ser acessada clicando aqui. A Parte 3, poderá ser acessada aqui.
Graça
e paz á todos! Como prometido, estou postando artigos que falam
sobre economia e como ela afeta as nossas preparações. Essa parte 1
fala do que é economia e o que seria valor subjetivo. Vamos lá?
Terminologia
A
palavra “economia” deriva do grego “oikonomea” (oikos=casa;
nomea=gestão/gerência da) e trata basicamente da disponibilidade de
recursos em determinada localidade (geográfica, cultural ou
sistêmica – sistemas financeiros, sistemas monetários, sistemas
bancários dentre outros, por exemplo).
Por
isso, nós preparadores e sobrevivencialistas, devemos saber, pelo
menos, como funciona a economia, para ao menos planejarmos e
executarmos esses mesmos planejamentos na hora em
que uma crise acontece.
E eu venho através desse blog, oferecer isso para vocês, leitores!
Valor
Subjetivo
Essa
teoria econômica afirma que os preços das coisas (produtos) que
encontram-se no mercado possuem o preço que possuem, por causa do
valor subjetivo, que nada mais é do que o quanto o mercado (pessoas,
empresas…) dão valor para determinado objeto.
Uma
rápida pergunta: se você tivesse, digamos, R$ 500,00 sobrando (você
já pagou todas as suas contas, não deve nada para ninguém e tem
mais R$ 10.000,00 na sua conta) e estivesse diante de você, um
Canivete Victorinox Huntsman e um canivete chinês, sem marca, barato
e de qualidade duvidosa, qual deles você compraria? Acredito que o
Victorinox Huntsman, não é mesmo? Mas por que? A resposta para essa
pergunta é simples: o valor subjetivo, isto é, o quanto você dá
valor para aquele bem e o quanto você está disposto a pagar por
esse item.
O
valor subjetivo está ligado a marca e ao meio onde aquele produto
está inserido. No Amazonas, comprar água é algo barato (entre R$
1,50 e R$ 2,00 a garrafa de 600 ml de água). Em Israel, uma garrafa
com a mesma capacidade custa não menos que US$ 5,00! Ou uns NIS*
12,00-16,00 na moeda de lá! Mas porquê?
Em
Israel, 70% do país é desértico, sendo assim, cada gota de água é
de um valor imensurável, por isso as pessoas dão muito mais valor a
água do que no Amazonas, que possui a maior parte das fontes de água
doce do planeta! Entendem a subjetividade?
Quando
forças externas ao mercado (políticas governamentais, conflitos
bélicos, fenômenos da natureza) atuam intrusivamente nele, o preço
de determinado bem, produto ou serviço modifica-se (ou como diria o
economista Frederik Auguste Hayek: adultera-se). Mas sobre isso,
falarei no próximo artigo.
Até
mais! Fiquem com Deus! Caso esteja interessado, poderá ler a Parte 2 desta série clicando aqui. E a Parte 3, bem aqui.
*NIS
é a abreviação para New Israel Shekel, ou “Novo Shekel de
Israel”, que entrou em circulação naquele país em 1986 e
prossegue até os dias atuais (2017). Para todos os efeitos, o valor
cambial do NIS
é equivalente ao nosso Real Brasileiro.
Vídeo onde falo sobre o que é economia e o valor subjetivo
Venho
através deste artigo analisar do ponto de vista da preparação e do
sobrevivencialismo,
o filme Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, que foi lançado em
1993 contando com a direção do lendário Steven Spielberg e de
efeitos especiais da Light&Magic.
Este
artigo é apenas o primeiro de uma série que englobará os três
primeiros filmes da franquia Jurassic Park.
Obviamente,
o artigo CONTÉM
SPOILER
(história do filme)! Então, antes de ler este artigo, assista
primeiro o filme e depois venha aqui, ok?!
Eu
sempre que escrevo um artigo, tento fazê-lo o mais curto possível
para que ele não se torne chato ou massante de se ler, mas dessa vez
eu tive que escrever um texto longo e peço o perdão de vocês,
leitores por ter feito isso, mas foi por uma boa causa: deixá-los
bem instruídos á respeito de preparação e sobrevivencialismo.
Contexto
do Filme Jurassic Park
Logo
na abertura, vemos o personagem Robert Muldoon com os empregados da
InGen tentando colocar os Velociraptores dentro da sua jaula e um dos
funcionários acaba sendo pego pelos dinossauros que acabam
devorando-o… esse incidente faz com que os investidores da InGen
(os acionistas, aqueles que detém partes da empresa) acabem tendo
receios de continuarem a investir no projeto mais ambicioso que a
empresa possuía: o Jurassic Park, um parque que contaria com
dinossauros vivos como atração! Como o objetivo desse artigo é
analisar o filme de uma ótica de preparação e sobrevivencialismo,
pouparei detalhes de como a InGen conseguiu trazer os dinossauros de
volta á vida.
Os
acionistas exigem que especialistas em paleontologia vejam o parque e
ofereçam um parecer sobre a segurança do mesmo. É onde entram os
paleontologistas Allan Grant e Ellie Satler: tendo as suas pesquisas
financiadas pelo magnata John Hammond e recebendo dele uma proposta
de financiamento de suas pesquisas por mais
três
anos, os paleontologistas acabam aceitando irem para o parque sem
saberem do que se tratava.
Análise
dos Riscos
Aqui
começamos a primeira consideração: sem serem informados de que
tipo de parque deveriam analisar, sabendo que o mesmo ficava em uma
ilha 120 milhas á oeste da Costa Rica, os paleontólogos não se
prepararam. Poderiam ter levado cada um uma mochila ou talvez uma
pochete com alguns equipamentos para emergências, tais como um par
de walk-talkies, lanternas, um canivete suíço ou um multi-tool, kit
de primeiros-socorros, cantil, purificador de água, roupas extras…
só para citar alguns equipamentos.
Eu
sei que o filme é mais emocionante quando os personagens possuem
pouca coisa ou nada além de si mesmos para sobreviverem, mas nós
estamos na vida real e não dentro da “telinha”.
Mesma
coisa para Donald Gennaro (advogado que representava os acionistas da
InGen) e Ian Malcolm (um matemático): totalmente
despreparados para seguirem por dentro de um parque do qual não
possuíam conhecimento algum de seu teor e localizado em uma ilha
afastada da civilização.
Depois
que Dennis Nedry (propositalmente) desliga as cercas elétricas do
parque, vemos que outro sintoma da falta de preparação atinge os
personagens localizados no Centro de Visitantes: sem poderem acessar
o sistema e assim religarem as cercas do parque, Hammond, Muldoon e
Arnold tentam ligar para a Universidade de Cambridge, onde Nedry se
formou, mas os telefones estão mudos: era uma falha total do
sistema! Novamente, batendo na mesma tecla: um parque
cheio de dinossauros, no meio do nada não possui um sistema de
comunicação independente?
Um telefone via-satélite que fosse? Hammond afirmava que “não
poupou despesas”
para o parque… sério mesmo?!
Seja
como for, outro erro de preparação é que as pessoas que estavam no
Centro de Visitantes (Hammond, Muldoon, Arnold e Satler) não
tinham acesso direto a armas.
Alguns diriam que por razões de segurança o Centro de Visitantes
provavelmente não tinha armas, mas durante a crise de segurança,
ficou evidente que eles estavam indefesos: se um Velociraptor ou
algum outro predador tivesse aparecido naquele instante, teria
transformado as pessoas no Centro de Visitantes em salame!
O
T-Rex
Quando
o Tiranossauro Rex saiu de sua cerca e acabou atacando a Lex e o seu
irmão menor, Tim, Ian Malcolm acaba cometendo um grave erro ao
tentar atrair a atenção do T-Rex: como consequência desse erro,
ele acaba sendo ferido gravemente e Donald Gennaro é morto, deixando
Allan Grant com a difícil e ingrata tarefa de ter que salvar Lex e
Tim. Allan havia dito a Ian que o T-Rex se guiava por movimentos:
bastavam ficarem parados e o predador não os atacaria, mas na hora
em que Allan (que sabia o que fazia) jogou o sinalizador, Ian
esqueceu o que o paleontólogo havia dito e de maneira equivocada
tentou distrair a criatura e quase morreu por isso.
Essa
parte do filme deixou claro que durante
uma crise, mais do que equipamentos, ter resiliência emocional para
saber o que fazer, quando fazer e como fazer é o que realmente
importa.
Ainda
sobre essa parte em que o T-Rex ataca: quando a fera consegue
precipitar o carro (com o jovem Tim dentro) e Allan consegue
resgatá-lo e quase morrendo por isso, ele, Tim
e Lex
deveriam ter permanecido no local ou nas proximidades: aquele
encanamento de esgoto que tinha ao lado da árvore (onde Tim foi
resgatado) era perfeito para se abrigarem da chuva e (principalmente)
de eventuais ataques do T-Rex. Vemos que por muito pouco, Robert e
Ellie não resgataram o trio (claro que se isso tivesse ocorrido,
metade do filme teria ido para o ralo…). Então outra lição de
sobrevivência é ficar
no local do acidente esperando o resgate chegar, e só evadir se não
houver qualquer chance de abrigo/segurança no local onde ocorreu o
acidente (ou incidente).
Outra
coisa importante a se destacar: quando
evacuaram o local do acidente, Allan, Lex e Tim deveriam ter feito “á
limpa” no que havia sobrado do carro.
Lembremos que havia uma caixa com alguns itens na parte detrás do
veículo: ali eles poderiam ter obtido pelo menos alguns
sinalizadores, que poderiam terem sidos utilizados para distrair,
talvez amedrontar eventuais predadores ou mesmo para sinalizar um
resgate. Para transportar os itens, a blusa que Allan estava vestindo
poderia ter sido utilizada para improvisar uma bolsa (além do que, o
dr.Grant estava usando uma camiseta branca por debaixo da mencionada
blusa, o que garantiria a ele uma proteção mesmo sem a blusa).
O
Abrigo de Segurança e os Velociraptores
Depois
da falha em resgatar Allan, Lex e Tim, Arnold decide reinicializar os
sistemas do parque desligando toda a energia. Funciona e não
funciona: o sistema realmente reinicia, mas ocorre um erro e é
necessário ir até a central de eletricidade do parque e reativar
todo o sistema manualmente. Arnold calmamente diz que em uma hora, no
máximo duas, estará de volta e Hammond acha uma boa idéia que
todos se retirem para o Abrigo de Segurança. Arnold diz que após
ativar o sistema de eletricidade, voltará ao Centro de Visitantes e
fará o reativamento de todos os outros sistemas nos computadores.
A
noite e a madrugada passam e vem o amanhecer: os sistemas do parque
continuam desligados, assim Robert Muldoon (um caçador experiente) e
a doutora em paleo-botânica, Ellie Satler decidem irem até a
central de eletricidade para poderem religar todos os sistemas do
parque além de saberem o que aconteceu com Arnold.
Robert
pega uma calibre .12 e algumas balas enquanto Ellie pega… um
walk-talkie! Aqui temos outra crítica a ser feita: se eu estivesse
em um parque cheio de dinossauros “passeando” livremente por aí,
sinceramente, eu andaria com uma espingarda e uma mochila com
diversos cartuchos para ela!
Enquanto
a dupla segue para a central, passam pela cerca dos Velociraptores e
descobrem que o trio havia fugido! Mesmo assim eles seguem para lá.
Se fosse eu, daria meia-volta e seguiria para o abrigo para me
reequipar melhor e realizar planos de evasão e movimentação
tática, o que certamente aumentariam em
muito as minhas chances de sobrevivência em um cenário assim.
Seja
como for, a dupla estando próximo do centro de energia (há alguns
metros apenas) percebem que os Velociraptores que haviam fugido
estavam caçando-os e Robert Muldoon, um caçador experiente, ordena
a Ellie Satler que siga correndo para o prédio e restaure a força.
Eis aqui um erro: sempre quando uma presa corre, todo predador
(todo!) instintivamente corre atrás da presa. Como isso aqui é um
filme (e que trata de dinossauros trazidos de volta á vida) ok,
podemos deixar batido, mas nunca corra de um predador como a
dra.Satler fez no filme senão babau, já era.
Outro
erro (e que custou a vida de Muldoon) foi o fato de que ele
não tinha um plano B ou coisa do tipo:
ele estava armado apenas com uma espingarda calibre .12 que possui um
alto poder de penetração, mas que tem um coice muito forte, além
de exigir que a cápsula seja ejetada manualmente após um disparo, o
que deixa o atirador/caçador totalmente exposto a caça por
preciosos segundos caso ele erre o tiro. Ter uma arma secundária,
como por exemplo o famoso revólver Magnum .44 Raging Bull, seria
perfeito (pois foi desenhado para essa situação descrita
anteriormente). No canal Sobrevivencialismo, o Júlio Lobo já fez
uma review desse incrível revólver, caso deseje ver, eis aqui o
vídeo:
Para
finalizar, além de todos esses erros, a dra.Satler, por conta do
medo e do desespero, esqueceu-se de falar para o caçador Muldoon,
que os Velociraptores caçam em bandos e que um deles serve de isca
enquanto os outros membros do bando atacam de surpresa pelos flancos.
Ela sabia dessa informação, pois na cena em que ela e Allan estão
em Montana, nos EUA, escavando uma ossada de Velociraptor, o dr.Grant
explica a um menino como funcionava a movimentação tática dos
Velociraptores enquanto caçavam (e ela estava próxima, ouvindo a
explicação). Sem as informações corretas de como caçar
Velociraptores, Robert Muldoon foi uma presa fácil para eles e
acabou virando merenda de dinossauro. Portanto, mesmo
que você seja um preparador ou sobrevivencialista experiente, sempre
tente obter informações precisas e de confiança sobre a crise que
você estiver enfrentando no momento.
A
Cerca Elétrica e o Centro de Visitantes
Quando
enfim Ellie religa a eletricidade, é atacada por um Velociraptor e
foge, Allan, está enfrentado outro problema: Tim acaba eletrocutado
e tem uma parada cardíaca. Por conhecer a famosíssima massagem
cardíaca, o dr.Grant consegue reanimar o menino e tudo fica bem.
Saber
primeiros-socorros é sempre bom durante uma crise.
Após
entrar no Centro de Visitantes e não encontrar ninguém, Allan Grant
decide sair e procurar por outras pessoas. E detalhe: sem armas e sem
saber por onde começar… ele deixou Lex e Tim no Centro e partiu,
julgando que estariam seguros ali, mas vimos que os garotos foram
caçados impiedosamente pelos Velociraptores.
Á
seguir vemos uma sucessão de erros de sobrevivência: Allan pega uma
.12 com algumas balas, volta para o Centro de Visitantes, Ellie vai
com ele desarmada (de novo…) e após reencontrarem Lex e Tim, eles
são perseguidos por um Velociraptor e acabam acuados na Sala de
Controle do Centro de Visitantes, onde Allan tendo uma .12 larga-a no
chão para tentar impedir o dinossauro de adentrar ali: Ellie ao
invés de pegar a espingarda, une-se ao dr.Grant
na tentativa tola de impedir o Velociraptor de entrar na sala; Tim
fica sem ação, desesperado e Lex tem algum nível de resiliência e
vai ao computador e religa os sistemas, incluíndo o de segurança.
Teria sido mais prudente dar um balaço na cara do Velociraptor: um
tiro de .12 á queima-roupa, teria transformado em miolos a cabeça
do dinossauro!
Por
fim, o Velociraptor tenta invadir a Sala de Controle pela janela,
Allan atira entre três e quatro vezes, novamente joga a espingarda
no chão (RAIOS!!!) e escapa pelo forro da sala com um contra-tempo
(Lex quase é pega pelo dinossauro). Mesmo que a espingarda estivesse
desmuniciada, tê-la seria uma boa opção, pois mais á frente,
poderia ser recarregada com novos cartuchos, além de poder ser
utilizada como arma branca (por exemplo, o famoso golpe com a
coronha).
Seja
como for, sendo caçados pelo Velociraptor, acabam subindo nos ossos
expostos na entrada do Centro de Visitantes e por fim caem e são
acuados pelo bando de predadores. Allan, Ellie, Lex e Tim apenas
ficam vagando de um lado para o outro da sala, acuados e indefesos.
Eles poderiam ter pegos alguns dos ossos que estavam espalhados pelo
chão e tentado resistir com eles (em
uma situação de crise, até paus e pedras se transformam em armas
formidáveis e letais).
Por
fim eles escapam com a ajuda do T-Rex e saem de helicóptero da ilha.
Resumo
e Conclusões Pessoais
Resumidamente,
os pontos a serem destacados são esses:
Nunca
vá a locais desconhecidos sem estar plenamente preparado.
Prese
pela autonomia e auto-suficiência sempre que puder. Ser
independente do sistema (não importa qual) é sempre bom.
Sempre
que possível, tenha acesso direto a meios de se defender.
Não
conte apenas com experiências passadas em outras crises para
resolver uma crise nova.
Ter
resiliência emocional é fundamental para a sobrevivência.
Em
caso de acidente/incidente, ficar no local o maior tempo possível
para que as chances de resgate aumentem e só evadir em último
caso.
Nunca
abandonar itens durante uma crise e sempre improvisar.
Sempre
tenha um plano B e tente não se colocar em uma situação
sem-saída.
Conheça
primeiros-socorros.
Não
repita um mesmo erro durante uma crise. E se possível, não erre.
Em
uma situação de crise, objetos simples podem serem utilizados como
armas.
Minhas
conclusões pessoais é que apesar de ser um filme aclamado, Jurassic
Park possui um roteiro mal-escrito (do ponto de vista
sobrevivencialista e preparador) além de ter cometido erros crassos
em paleontologia: os Velociraptores, por exemplo, possuem a aparência
física dos dinossauros conhecidos como Deiniochus, inclusive a sua
principal característica: a garra curva. Além disso, o filme
claramente é um “garoto propaganda” de bandeiras como: ecologia,
ambientalismo, o anti-capitalismo, o ateísmo e (de maneira
disfarçada) o nazismo! A “teoria da seleção natural” do
evolucionismo, é a base para a “teoria das raças” usada no
eugenismo (sendo que o nazismo adotou uma linha de eugenismo que
ficou conhecida como “arianismo”).
É
triste e notório ver que constantemente Hollywood se presta a fazer
ativismo político de Esquerda, ao invés de criar bons filmes com
tramas inteligentes.
Portanto,
caso você seja cristão praticante, recomendo que veja o filme com
os dois pés atrás e lembre-se também que cientificamente falando,
nunca (NUNCA!!!) ficou provado que os dinossauros viveram milhões de
anos atrás, os paleontólogos apenas estimam que eles tenham vivido
naquela época (ou seja, acham – baseiam-se em “achismo” para
fazer ciência!) e testes de Carbono 14 mostraram que os fósseis de
dinossauros possuem alguns milhares de anos e não “milhões de
anos”.
Fiquem
com Deus! Graça e paz á todos e até a próxima! ----------------------------------- Caso se interesse, também fiz uma análise do filme O Mundo Perdido: Jurassic Park 2. É só clicar aqui.
Hoje
eu finalmente encerro a nossa primeira série: os “6 Aspectos
da Sobrevivência”.
Importância
A
Sinalização é muito importante durante uma situação de crise,
pois através dela, você pode ser percebido (ou não). De maneira
resumida, a sinalização divide-se em dois tempos: diurno e noturno.
Formas
de Sinalização
Como
dito, as sinalizações são diurnas ou noturnas, abaixo algumas
formas de sinalização:
Diurno
Com
fumaça (faça uma fogueira com galhos verdes, pois assim, a fumaça
será mais abundante e branca, o que facilitará na hora de ser
visto).
Com
reflexo da luz solar (use um espelho ou outra superfície que
reflita bem a luz do Sol).
Escrevendo
com pedras e galhos a palavra “SOS”.
Sacudindo
uma bandeira (ou tecido) de cor chamativa.
Utilizando
um apito.
Noturno
Luz
da lanterna/lampião.
Utilizando
um apito.
Você
também poderá utilizar frequências de rádio ou quem sabe (se
tiver dinheiro) um telefone via satélite. As formas mencionadas de
sinalizar um resgate são as mais comuns.
Código
Morse
Inventado
por Samuel Morse, o dito código acabou padronizando o número três
como o “número universal do socorro”. Assim, caso você estiver
perdido e precisar sinalizar socorro, faça três fogueiras, nem
mais, nem menos. Você também pode focalizar a sua lanterna ou
espelho refletor da luz solar usando o seguinte padrão (o que
estiver entre aspas): “..._ _ _...”. Em código morse, a letra
“s” é sinalizada com três sinais curtos (“...”) e a letra
“o” é sinalizada com três sinais longos (“_ _ _”). Assim,
“SOS” fica “… _ _ _ ...” bastando prática para usar o
código morse na sinalização.
Conclusão
Conhece
alguma de fácil acesso e baixo custo? Por favor, coloque nos
comentários!