Graça
e paz á todos! Hoje eu venho levar á todos esse incrível relato de
sobrevivência vindo de um missionário cristão que não se preparou
e quando a crise veio…
Por
uma questão de privacidade, o missionário aqui retratado será
chamado pelo pseudônimo de “Teo”. Enfim, leiam o relato e
reflitam se vale mesmo a pena ter dinheiro mas não estar preparado.
O
Ambiente, a Situação e a Crise
Teo
havia crescido em uma igreja evangélica e sempre sonhou em ser um
missionário e poder levar o Evangelho de Cristo às nações da
Terra. Adulto, realizou o seu sonho e ao formar-se missionário em
uma escola para tal, foi designado para um país que recentemente
havia conseguido a sua independência: uma ilha no Oceano Índico
chamado Timor, uma das últimas colônias de Portugal, uma das
últimas estrelas brilhantes do agora extinto e outrora glorioso
Império Ultra-marino Luso, que pessoas como D.Henrique o Navegador,
Gil Eanes, Diogo Cão, D.Bartolomeu Dias, D.Vasco da Gama, D.Duarte
Pacheco Pereira, D.Pedro Álvares de Cabral, Fernão de Magalhães,
D.Afonso de Albuquerque, D.Luís Vas de Camões e milhares de outros
anônimos, esforçaram-se para construírem em eras já passadas.
Pouco
ou nada se sabia do Timor, exceto que havia sido um importante
entreposto português e que dali chegavam e partiam as embarcações
de Portugal na corrida pelas “especiarias das índias”, que era o
motor das Grandes Navegações.
Pouco
tempo depois de Portugal ter reconhecido a independência da ilha, a
Indonésia invadiu o Timor, anexando-o e transformando-o na sua 27a
província
(início de 1976).
Onde
a Nossa História Realmente Começa
Em
1996, o Timor proclama a sua independência da Indonésia. Isso
ocorre através de sufrágio, onde mais de 90% da população da ilha
compareceu as urnas e 78,5% votou á favor do separatismo.
Milícias
pró-indonésia se recusaram a aceitar o resultado do referendo e
iniciaram uma guerra civil com a clara intenção de manter o Timor
em mãos dos indonésios.
Teo
viu o desenrolar desses fatos durante a sua estada na ilha, porém
acreditava que “Deus
o protegeria”
(e de fato o protegeu, mas não da maneira que ele pensava ou
imaginava) e por isso não fez o óbvio que era evadir (ir embora) de
Timor: ele poderia ter se refugiado na Indonésia (em uma das
centenas de ilhas que existem ali), na Austrália ou quem sabe na
Tailândia e esperar a confusão toda passar, mas não, ele decidiu
ficar em Timor.
Quando
a luz, os sinais de telefonia, a água e as estradas foram sendo
cortadas/bloqueadas, Teo não tentou se preparar para o inevitável:
a crise bateria forte na sua porta! O missionário não correu nas
lojas e comprou água, comida, produtos de higiene e o que mais
precisasse durante a escassez que se seguiria e quando percebeu o que
deveria fazer, já era tarde! As milícias pró-Indonésia, vendo que
a resistência dos timorenses era aguerrida e que não poderia ser
vencida através de combates diretos, decidiram optar por uma tática
mais desumana para vencer essa guerra: destruíram as plantações,
mataram todo o gado, saquearam e queimaram as lojas deixando o Timor
sem víveres. Foi quando Teo entendeu que a crise estava sobre ele e
que deveria ter se preparado (não o fez por não ter interpretado os
sinais de que uma grande crise se abateria sobre aquela parte da
ilha).
Porque
Teo Não Se Preparou?
Teo
não se preparou porque não tinha a cultura da preparação. Ele
também cresceu em uma família de classe média-alta e sempre achou
que dinheiro resolvia tudo: enquanto o Timor começava a agonizar,
Teo ao invés de juntar recursos para conseguir passar pela crise com
mais conforto e certeza de sobrevivência, apostou que os US$ 3 mil
que tinha iria provê-lo em quaisquer necessidades. Bastaria mostrar
as “verdinhas estadunidenses” e pronto, obteria o que precisasse.
Quando
o Timor viu-se sem água, luz, telefone, livre trânsito e víveres,
Teo percebeu que as “verdinhas” para nada serviam! Um vaso com um
pé de alface não tinha preço naquela situação! Teo viu pessoas
comendo cachorros e ratos para sobreviverem, além de ter ouvido
falar de casos de canibalismo se multiplicando pela parte leste
daquela ilha.
Quando
a sua última porção de comida acabou, o missionário saiu pelas
ruas, arriscando-se a ser morto a qualquer segundo, tanto por tropas
de milicianos pró-Indonésia quanto por cidadãos do Timor, que nada
tinham a perder matando e pilhando. Por dois dias procurou por
comida, mas ninguém tinha víveres ou se tinham, escondiam-nos como
se fosse ouro! Após muito andar, encontrou um homem disposto a lhe
dar um pedaço de bife, mas haviam dois problemas: o bife havia sido
frito em óleo diesel (que é tóxico para seres humanos) e o cara
cobrou US$ 600 pela “iguaria” (o sujeito havia tentado, mas não
havia conseguido comer o “troço”)!
Em
desespero, Teo aceitou a proposta e (depois de desembolsar os US$
600) comeu o dito bife, mas antes orou: “O
Senhor disse que qualquer coisa que comêssemos não nos faria mal,
amém!”
e assim de uma só vez engoliu o alimento. O missionário ficou mais
três dias sem comer nada até que os E.U.A interviram diretamente no
conflito e desembarcaram as suas tropas, o que causou uma debandada
dos milicianos pró-Indonésia que praticamente não ofereceram
quaisquer oposições as forças armadas dos E.U.A.
Falando
inglês fluentemente, Teo conseguiu conversar com soldados americanos
que cederam a ele a sua ração: assim o missionário conseguiu
sobreviver a essa crise toda.
Conclusão
Teo
continua vivo até hoje: ele se casou, e ambos (ele e a esposa)
continuam atuando como missionários, mas aqui no Brasil…
Em
nossos dias atuais (últimos dias de 2016) o Timor-Leste, continua
sendo um país pobre, atrasado e bastante violento.
Dessa
história, podemos tirar várias lições: não devemos nos fiar em
apenas uma opção antes e durante a crise; nunca devemos nos
permitir ficarmos “contra a parede”; quando vemos uma crise se
aproximando de nós, devemos evadir o mais rápido possível do local
a ser afetado; caso a crise esteja começando, devemos nos preparar
(o mais depressa possível e em quantidades de víveres absurdamente
elevadas); dinheiro não é tudo; sair de nosso abrigo não deve ser
a última opção; ter fé, auto-motivação e esperança de que vai
sair da crise é essencial para sobreviver.
Essas
são algumas das conclusões que se pode tirar dessa história. E
você, o que pensa a respeito dessa história (que NÃO é fictícia,
aconteceu de fato durante a Guerra da Independência do Timor-Leste –
travada entre 1996 e 1999)? Coloque nos comentários!
Abraços
e fiquem com Deus!
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